sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um desabafo e palavras tristes.


Meu peito aprofundado em dor e solidão.
Já não encontra escombros úteis para algo reatar.
Se movem sozinhos em vão.
Duas peças de um quebra-cabeça que parecia nunca quebrar.
Só ficam os pedaços de lembranças que jamais vão se apagar.
Um com o outro e o outro sem o um.
Uma decisão confusa que fará parte das curvas da vida.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O compositor

Os reflexos da alma refletem no lápis compositor que flutua junto às letras trazendo músicas dançantes e delicadas.
Um reflexo errado é um risco torto, é forte e pode destruir sozinho todo o conjunto de riscos tracejados por mãos fartas de realidade.
Mãos que sonham com o desejo de libertar as letras presas e distantes do jardim.
Um jardim florido onde é possível apenas olhar.
No fundo dele um infinito de letras esperando para que o compositos as façam nadar também.
Querem mergulhar juntas num mar de água colorida assim como as flores do jardim.
Colorida além das cores, a música surge. O som complementa e faz-se realidade o sonho que o lápis compôs.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O GRANDE poder das palavras


Em seu texto “O poder das palavras” publicado na Zero Hora de março de 2007, Abrão Slavutzky (Psicanalista) diz: “A palavra deve ser a prioridade para a recuperação de uma sociedade pensante (...). Com elas se faz o fogo que nos aquece e as pontes que nos unem com fios invisíveis. As palavras são estímulos indispensáveis para enfrentar as tristezas do mundo, essenciais no amor e na paz. O poder das palavras salvou a Sherazade que contando histórias curou o rei de sua fúria assassina nas Mil e uma noites. E não é por acaso que os fanatismos temem a liberdade de expressão (...)”.

Depois disso já não é necessário dizer muita coisa, a complexidade das palavras está escrita aí, de uma forma simples de entender. Tivemos a honra de conhecê-las e devemos abusar do direito de usá-las. As palavras conduzem as emoções, os manifestos, as interrogações para um mundo de realidades, todos os pensamentos e sentimentos devem ser expostos e para isso, nada melhor do que usar das magnifícas palavras que em conjunto se tornam maiores do que as dimensões do mundo.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Um domingo de reflexão.

Todo o dia é dia de refletir, porém quando acontecimentos vem à tona, quando as coisas não acontecem da forma como foi imaginado,  a reflexão se torna a única saída e mesmo assim, nem sempre consegue-se sair. Enfim, escrevo:
"Para que tanta saudade e desespero se o medo interrompe qualquer parte de mim que quis assim, sempre calada ficar.
Mas quando resolvo falar, quanto mal trago a mim e fujo assim com aquele velho medo de errar.
Mas e o que fazer quando se quer tentar? Lutar?
Nada que eu diga ou faça resumirá aquilo que realmente quis dizer.
Um poço fundo e largo que se arrasta aos pés de quem não sabe o que fazer.
Muita melancolia e sentimentalismo, que coração mais malvado que quer ser o meu.
Muita emoção, pouca razão. Muita dedicação, pouca preocupação.
O que pode ser mais fácil, sempre há como complicar e o complicado não se desenrola.
Não anda e nem estaciona, apenas flutua por entre as brechas, poucas, de sol que invadem a calma tentando limpar a alma.
Mas tudo está limpo e resolvido já, agora é um recomeço.
Se recomeçarei com algo já antes iniciado, aí é outra reflexão."