segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A procura.

Procurando por um paraíso grandioso e proibido com toques sutis e superficiais
Um tanto de queda, um pouco de empurrão.
A lei da chuva que molha a todos, mas não molha a si mesma.
A curva da estrada que engenheiro nenhum traçou.
Uma data marcada não funciona apenas aquilo feito na hora “H”.
Sonhos lamentados a quem nem se devia confiar.
Ou o que se deve não se pode pagar.
Mas que sonho é esse que escondido fica, que não encontra uma saída para os problemas da vida?
Que abismo que me encontro, que tontura maluca, onde fui parar?
Meu corpo no espelho se define de forma diferente a que um dia possuiu
Meus olhos se fecham e quando abrem-se me sinto mais velha.
O tempo não passa, ele voa!
As soluções para os problemas foram adiados e substituídos pelas vontades.
Os desejos outrora inexistentes fixaram-se nas vagas abas de razão que meu coração diz ter.
Meu soluço fraco junto ao grito histérico vira uma canção sem fim.
O correr das minhas pernas ficou fraco a ponto de não mais caminhar.
O tempo voa e eu flutuo numa maré de águas pouco límpidas.
A vida não vive mais o tempo que costumava viver.
A cada passada que o ponteiro menor do relógio dá, eu me lanço a procura dos meus passos mais lentos.
O despertador me acorda e eu peço para continuar a dormir.
E se acordar, que ele então me ajude a fugir.
Uma fuga sem espelhos que é para não refletir o que ficou para trás.
Sem chances de volta, sem medos para voltar.
Cuidado! São as placas que sozinhas ainda tentam alertar
O que decidi está decidido, o que foi não há de voltar.
Se meus passos tropeçarem, se meus dedos se cruzarem aí já não mais andarei.
Mas enquanto eu tenho vida, eu luto!
Enquanto eu tenho força, eu não desisto!
Enquanto existe amor, existe esperança e onde existe esperança, há vida!