segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quem não sabe onde vai, permanece onde está.

Prefiro não ser comum, e assim sendo acabo me perdendo em meus próprios devaneios.
Nada que vem pra bem vai tão fácil, sem deixar um pingo de dor. O difícil desapego vem de algo que fica crescendo num vão sem fim.
E hoje é assim, tudo que vem se vai à medida certa e no tempo errado.
Um tempo que me confunde e me tira o sossego por ser como um veneno preso num arame de espinhos.
Fincando aos poucos e matando mais lenta e pesadamente possível. Ah, se eu fugisse por esse corredor, não voltaria mais. Pois a satisfação que me traz é tão grande quanto a falta.
Uma definição por dia dou a mim que tampouco sei de onde vim e porque ainda continuo aqui, meu rumo nem tracei e ninguém me dirá para onde irei.
Meus sorrisos nem sei mais se são reais, minhas vontades não sei o que as traz, tantos desejos e sonhos que troquei, cada máscara que arranquei.
Daquilo que tenho certeza, de nada mais sei se pode ou não existir aqui ou ali. Vou à procura, um tanto às escuras, quanta fadiga sinto que me jogo sentada num labirinto. Um labirinto sem fio para me guiar e nada que me leve ao seu fim. Que triste é ser assim, duvidando de quase tudo e gostando de mais coisas ainda...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Antigas cartas, antigas lembranças.

Todos deveriam colecionar algo, eu coleciono cartas...

Eu não deveria, não deveria mesmo abrir todas as cartas que já recebi para relembrar velhos amigos e antigas histórias, mas é impossível não fazer isso estando perto do fim de mais um ano, mais um daqueles que passa rápido, com tanta pressa de partir que parece que nem queria ter chegado.
Uma caixa muito grande, amarela, com algumas folhinhas desenhadas nela e transbordando de papéis de todas as cores com muitos "Taís" escrito nelas.
Minha coleção iniciou ainda no prézinho, tantos bilhetinhos e cartinhas bonitas... Depois fui crescendo e fazendo mais amigos, mais coleguinhas queridos que me mandavam cartas queridas com corações desenhados. Até cartas de meninos apaixonadinhos eu recebia!
Escrevi várias também, era uma troca de carinho, amizades que se diziam para sempre, mas infelizmente o para sempre não durou muito tempo. Ainda bem que eu acredito na frase “que seja eterno enquanto dure”, caso contrário eu estaria muito decepcionada.
Tantas pessoas que passaram pela minha vida e hoje nem sei mais onde estão, o que é uma pena. Porém, também encontrei muitas de amigos que até hoje tenho por perto, que ainda dividimos segredos e alegrias, e algumas cartas extremamente doloridas, cartas de despedidas, de emoções muito fortes.
Chorei um pouco ao lê-las, sendo que demorei um tempo consideravelmente longo pra conseguir ler metade apenas delas, é são muitas de verdade! Estou diminuindo a reação quando digo que chorei um pouco, pois em algumas eu chorei muito, eu me desesperei de tanto chorar, essa á verdade, mas que não vem ao caso. Tenho certeza que até as pessoas mais “duronas” e fortes do mundo em questões emocionais, choram ao ler e relembrar bons momentos que não voltarão, ao ler cartas de pessoas que foram tão especiais a ponto de não existir palavras descritivas para isso, e que hoje não as vêem mais, pois a incrível estrada do destino levou-as para longe. Ou até mesmo cartas de pessoas que foram ainda mais prejudicadas pelo destino, aquelas que a morte levou...
Houve ainda aquelas que me arrancaram milhares de sorrisos, algumas que me faziam sentir uma pessoa especial e importante, que se eu tivesse perto daquele que me mandou, eu daria um abraço esmagador e nunca mais largaria.
O ruim (ou nem tanto) de ler cartas e ver fotos antigas, é que aumenta o nível sentimental de uma pessoa de forma surpreendente, te faz querer voltar no tempo e talvez a um tempo nem tão distante, um dia que seja...
Acabei fechando a caixa sem ler tudo, algumas coisas acontecem para serem lembradas apenas, mas não cutucadas tão profundamente para não acabar substituindo o sentimento de nostalgia e alegria com o de sofrimento e tristeza.

O engraçado é que hoje em dia são raríssimas as cartas que alguém recebe, porque surgiu algo que substituiu isso, as tecnologias, o “correio eletrônico”. Mas esse é outro assunto, o que vale lembrar é que escrever e receber cartas ainda é bom, faz bem a alma, não seja tão moderno a ponto de um dia, nem mais conseguir segurar um lápis ou uma caneta na mão. Isso não é modernidade, isso é ignorância!

Mulheres e também homens ainda gostam de receber cartas escritas a mão!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Espontaneidade em primeiro lugar.

Mas e o que é isso?
No dicionário, espontaneidade é o "caráter daquilo que é espontâneo, naturalidade."
E espontâneo? "O que se faz por si mesmo sem causa aparente".

Aquelas expressões que vemos nem sempre são as reais. As pessoas simplesmente tentam  transpor em sua face uma feição que nem sabem o que significa, um sorriso forçado, um leve aperto de mão, um abraço afastado, um afago nada sentimental.
Mas a melhor ação de todas é aquele que temos sem planejar, a que sentimos sem pensar em sentir.
Não estou mais aceitando aquelas falsidades comuns, que vê-se em qualquer parte. Não estou mais aceitando que me digam o que não pensam para ter aquilo que nem sabe se querem.
Se recebo sorrisos falsos, falsos sorrisos terei de dar e não é isso que quero. Aliás, não é isso que todos querem, a falsidade faz bem para você? Ter que ser uma pessoa falsa a mim faz mal, e como!
Ser feliz é bom quando se é feliz de verdade, quando não é preciso fazer força alguma para sorrir, quando não se mede forças para dar uma risada bem dada, daquelas de encher o salão!
O ideal é ser espontâneo sempre, fazer o que tem vontade e não temer, em nenhum momento, a vontade de rir e ser feliz!