Quarta-feira,14/03 - 3h 30min a.m.
Seja bem vinda, insônia, que parecia ter se despedido de mim.
Divago sozinha hoje, no fundo sempre foi assim. Não lhe chamei ao que me recordo.
Mas fez bem em vir, já que assim sigo noite adentro acompanhada.
Esses dias cinzas de sol escuro me deixam um tanto confusa, não sei se eu sigo ou se estaciono.
Me decepcionei comigo mesma, minha querida, e quis em meu íntimo voltar e corrigir um erro meu.
Decepcionei-me também não apenas comigo, mas com alguém que quero tanto bem.
Insônia, já que tu me segues a tempo, poderia tão fácil me dizer, em que tempo da vida eu deveria voltar a nascer.
O errado ficou certo em meio a tanta confusão e o passado ficou incerto depois de tanta emoção.
Não vou correr, afinal pressa nenhuma eu tenho. Permaneço calada, da forma que alguém escolheu.
Longe e confuso ficaram meus atos, que sozinhos e cansados, param.
As minhas forças parece-me que perco aos poucos, já que me tiram os motivos que eu tinha para lutar.
Muito me estenderia se aqui quisesse falar cada erro que grita, cada saudade que transborda e cada medo que carrego em meu olhar.
Minha companheira amiga, me siga se puder, não me deixe sozinha nessa noite escura.
Eu tenho medo do escuro, das nuvens chuvosas, do vento perdido e das mágoas do amor.
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