terça-feira, 15 de maio de 2012

Espera.

Olha para o lado, pensa.
Dá volta em torno de si mesma, procura algo e não encontra.
Corre ao sol, deita na grama, olha as nuvens.
Esconde-se, procura por algo novamente e não encontra.
Perdida, preocupada, sozinha.
Olha para o lado mais uma vez, o que sempre esteve ali agora não está mais.
Pisca o olho, uma lágrima cai.
Flutua pela própria cabeça, uma maré de sonhos e desejos.
Pensa em desistir, dessa vez um par de lágrimas cai.
Dor do coração, aquela que não finda.
Saudade. Incerteza.
Olha mais uma vez para o mesmo lado de sempre, uma pontada de nostalgia.
Caminha pela grama e deseja fortemente alguém ali.
Espera que tudo esteja bem. Espera que tudo seja igual.
Volta ao trabalho, à vida, ao que é habitual.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O brilho da lua

As nuvens encobrindo a lua, mas mesmo assim a sua imagem não some, não se vai.
O brilho dela é tão intenso que vale mais do que qualquer elemento cinza que tenta - em vão - a encobrir.
Mas, olhando mais atentamente, enxergo algo ainda mais bonito: As nuvens não tentam cobrir a lua e sim deixar ela ainda mais em destaque.
Toda vez que aqueles "algodões doces" passam por ela, o brilho parece ser ainda mais forte, pois ele (o brilho) aumenta a sua intensidade para não se deixar apagar.
É isso. Um brilho eterno.
A lua e seu brilho para sempre.
E o meu desejo hoje? É ser um pouco, bem pouco que seja, parecida com ela.
Não quero que nada faça apagar o brilho que eu tanto luto para alcançar.
Isso com certeza não vai acontecer.
As nuvens que tentam me cegar são tão fracas a ponto de eu quase nem notá-las.
Sou mais forte que meras nuvens cinzas.
O meu exemplo hoje é a lua, que usa das sombras para se tornar ainda mais bela.