segunda-feira, 18 de junho de 2012

Até onde vai?

Até onde vai a vida, que vida nenhuma investiga para saber?
E as horas contadas na espera de alguém, que tem a ver com a presença de frio?
E o sono que perco, as roupas que coloco, as palavras que não digo? O que têm elas?
Talvez tudo tenha a ver com tudo.
É quase como ser igual a um mundo cheio e mudo.
Tudo que sabe-se e não se pode falar, até que o grito silencioso precise lutar. E sair. E se juntar aos ritmos fracos que são pulsados por um coração dormente. E ele lateja.
Faíscas de um sentimento sereno com o desespero de partir sem ter saídas.
Mas e o que tem a ver isso com aquilo?
E tudo o que digo faz sentido se não falo para ninguém?
É um vai e vem de cores, flores, poesias, amores, dores, horrores, terrores, divisores e tantos “ores” comuns a todos.
Todos que vivem e dizem ter vida. Mas que vida têm?
Mais que uma?
Ou duas dentro de uma apenas...
Qual dessas vidas te faz mais feliz?
Seria possível juntá-las?
“Mas a dúvida é o preço da pureza”, já dizia o Gessinger.
Então prefiro ser pura e morrer de dúvidas, de angústias e torturas.
Mais vale viver de verdade, do que inventar uma vida sem ação, sem emoção, sem razão de ser.

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