Prefiro não ser comum, e assim sendo acabo me perdendo em meus próprios devaneios.
Nada que vem pra bem vai tão fácil, sem deixar um pingo de dor. O difícil desapego vem de algo que fica crescendo num vão sem fim.
E hoje é assim, tudo que vem se vai à medida certa e no tempo errado.
Um tempo que me confunde e me tira o sossego por ser como um veneno preso num arame de espinhos.
Fincando aos poucos e matando mais lenta e pesadamente possível. Ah, se eu fugisse por esse corredor, não voltaria mais. Pois a satisfação que me traz é tão grande quanto a falta.
Uma definição por dia dou a mim que tampouco sei de onde vim e porque ainda continuo aqui, meu rumo nem tracei e ninguém me dirá para onde irei.
Meus sorrisos nem sei mais se são reais, minhas vontades não sei o que as traz, tantos desejos e sonhos que troquei, cada máscara que arranquei.
Daquilo que tenho certeza, de nada mais sei se pode ou não existir aqui ou ali. Vou à procura, um tanto às escuras, quanta fadiga sinto que me jogo sentada num labirinto. Um labirinto sem fio para me guiar e nada que me leve ao seu fim. Que triste é ser assim, duvidando de quase tudo e gostando de mais coisas ainda...
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