sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O que é a música poderia ser?

A música poderia ser qualquer coisa definitiva, porém defini-la é a única coisa que não se faz. Ela tem um brilho próprio, um olha fugaz.
Quem pensa que sabe explicar é porque não sabe que a música é feita pra amar.
Se amor desconheces não poderá sentir todo prazer que pode existir em uma música a tocar.
É mais complexa que a alma, mais complexa que a calma que ela mesma traz.
Vai da pureza a excitação, de um alento a uma paixão.
Uma nota musical apenas me faz dançar, não importa se for lenta ou agitada, o importante é ser música boa!
Nem deveria usar o termo "música boa", pois o que não é bom, o que não agrada os sentidos, com certeza nem música é.
Se em algum momento dessa minha vida eu souber explicar o que sinto pela música, é porque em vida eu não mais estou.
Na foto, colegas de quintas-feiras e amigos que dividem
comigo o gosto pela música! (Felipi e Mírian)
Ela acalma a minha dor, faz no jardim nascer uma flor.
Ela faz flutuar, faz uma séria de cenas felizes, eu imaginar.
Eu me perco ao ouvi-la, eu me alegro a cantar.
Sinto toda a energia que ela e mais nada, é capaz de passar.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Enquanto pilotava minha bike...

Tão bom aqueles dias em que tu se sentes em paz, mesmo com tanta coisa acontecendo... Não diria um dia, mas um momento em que a tranquilidade impera devido a algumas sensações boas que vivemos. Como seria maravilhoso poder eternizar determinadas atitudes, gestos, palavras, olhares...
Deixei de fazer muita coisa ontem no fim da tarde e reabilitei minha bicicleta já velha e cansada de tanto rodar, devemos dedicar sempre alguns minutos pra gente, um tempo de paz onde se é capaz de pensar em tudo o que esta ao nosso redor e acreditar que tudo pode ser melhor.
Momentos cinzas sempre vão existir e se nos prendermos a eles, o pneu da bicicleta fura, a correia cai, os ferros enferrujam e a viagem bonita acaba.

"É preciso ter coragem para colocar o pé na estrada e seguir adiante sem olhar nem para os lados, para não haver riscos de cair.
Andando por estradas antes tão conhecidas e que agora me enganam com seus falsos atalhos.
Ilusão atrás de desespero. Descobertas diante de delicadezas alheias.
Me vejo fugindo e nem pensei ao fundo se queria mesmo correr.
Mas vou a passos lentos e pedaladas fortes.
Embarco em uma bicicleta que já conhece meus caminhos preferidos e que me leva além de onde eu gostaria de conhecer..."

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Foi ao vento. E que o vento leve...

Deitada na rede, um som gostoso para ouvir, um caderno e uma caneta para dançarem junto às palavras presentes na minha mente e um sorriso para ilustrar a magnitude disso tudo reunido!

"Me falaram um dia, que eu podia tentar fazer tudo aquilo que eu queria
E a cada dia eu percebia que não estava dando certo o que eu fazia
Parei de buscar e apenas sentei a olhar o que não estava conseguindo ver
Cheguei a lugares que não existiam
E vi os olhos de um anjo que idealizei
Eles sorriram como o sol me sorri a cada amanhecer
E disseram, com o auxílio do vento, que me perderia se resolvesse voar muito longe
Desacelerei minhas asas a ponto de quase nem parar no alto
Corri os olhos ao meu redor e notei que estava me afastando muito do chão
A partir desse momento parei e apenas isso
Cheguei a mais uma conclusão: É necessário pensar antes de agir."

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

No fim do dia...

Têm acontecido coisas interessantes nos meus últimos fins de tarde, eis uma que consigo contar...


No entardecer de quarta-feira...
Embarquei no ônibus errado, de propósito, depois que a minha irmã ligou dizendo que eu estava atrasada e era pra pegar o primeiro ônibus que passasse mais perto de Ana Rech, que pra quem conhece sabe o quanto é longe! Uma informação também para aqueles que conhecem: Peguei o Brasília!
Bem, eu já vinha de um dia torturante, com altas, baixas e baixíssimas, indo fazer algo contra a minha vontade até que peguei aquele bendito ônibus que não me levaria até o meu destino final.
E sabe, ainda bem que ele não me levou até o final!!
Desembarquei de uma viagem e embarquei em outra. O céu estava naquele tom amarelo-avermelhado, no topo das árvores podia-se ver a luz forte do sol e a brisa leve e fria típico de um fim de tarde primaveril. Nos meus ouvidos, barulhava um som do Capital Inicial (“Nem tudo é como você quer, nem tudo pode ser perfeito, pode ser fácil se você ver o mundo de outro jeito...”), nos olhos algumas pequenas gotas que se forçadas, viriam a ser lágrimas. Andei sem muito pensar, sem muito olhar para os lados, fui desprezando alguns olhares e algumas “buzinações” vindas de carros loucamente rápidos e com um som ensurdecedor, que por sinal nada me agrada.
Aos pouco me abri, olhei um pouco mais alto do que olhava antes, vi ao meu redor alguns pássaros, algumas pessoas correndo ou caminhando, um senhor passeava com um cachorro daqueles de brincar na neve (eu dizia isso quando criança) de raça Husky Siberiano (talvez). Ele disse-me boa tarde, eu olhei para trás, procurando encontrar alguém por perto, o qual seria destinado o cumprimento, mas acho que era para mim. Me senti um pouco mal depois por não ter respondido, mas continuei... Um amigo que há tempos não via parou do meu lado com sua moto, juro que pensei que seria assaltada, e quando o reconheci dei um abraço e só, continuei andando. Não estava lá de muitas palavras não, eu estava era para o pensamento. O Ladir (meu parceiro de trabalho, meu amigo, meu paizão e por aí vai) passou por mim e buzinou tão alto que dei um pulo,um pulo de verdade. Algumas pessoas que corriam por ali deram risada... Eu já estava na metade do caminho, minha irmã já havia me ligado cinco vezes no mínimo e eu ia a passos lentos, no momento ouvindo Los Hermanos (“Posso ouvir o vento passar, assistir a onda bater, mas o estrago que faz a vida é curta pra ver...”) Ah claro, o vento! Esse sim era tão lindo e cheiroso, trazia o aroma da primavera, das rosas desabrochando, dos copos de leite e dos jasmins floridos. Meu cabelo era embalado por seu condutor favorito e se movia tão devagar ao passo de uma valsa, eu sentia arrepios de emoção, de felicidade, de tristeza, de saudade e de frio também! Não sabia se ia ou se permanecia, era um momento só meu e de mais nada, nem ninguém. Não havia preocupação com família, estudo, trabalho ou amigos/amores. Nem eu existia, eu era apenas um pequeníssimo detalhe dentro de um pôr do sol memorável, eu era um ponto minúsculo implantada na aurora dos sonhos de alguém. Um sonho era o que eu vivia... Andei mais alguns minutos, não sei quantos foram, mas foi muito menos do que eu gostaria de ter andado. Cheguei ao meu ponto final, minha irmã e minha amiga me aguardavam impacientes talvez, ou apenas cansadas do dia de trabalho. O engraçado é que elas nem sequer sabiam o quão longe eu havia estado e que jamais teria palavras para agradecer por terem-me feito pegar o ônibus trocado!

Restinhos desse lugar que viajei enquanto andei ainda estão em mim, para provar que toda imaginação carrega em si um pingo de veracidade!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conversando com a tristeza


Isso não vem de hoje, nem tampouco de ontem. Foi escrito em um dia de poucas horas do bem e que lentamente vem para relembrar o que eu sentia.

"Prazer em rever-te tristeza, em sentir-te novamente em mim
Obrigada por ser assim, partir para depois voltar
Há tempos que andavas assim, meio que fazendo o que queria e sentindo o que não podia
Hoje ando desalmada, olhando ao lado fingindo não ver
Sabe, tristeza hoje eu estou mais tranqüila, a sua falta foi superada
A sua ausência extremamente sentida, aquele apego que tinha a ti, percebo que aqui ainda está
Meu peito te falas o que tu não queres escutar
Peço-te enfim que fique para conversar
Que fales ao invés de calar e que se sente sem pressa de levantar
Não, não me perguntes o que eu tenho e o que me traz tanta dor
Não anseies aquilo que eu já anseio
Essa dor cabe apenas a mim
Estás assustada? Por quê? Isto é apenas um desabafo querida
Não é que eu seja sempre assim, não é que isso seja algo presente em mim
Presente em mim é você, que nem sei de onde vem e o que vai fazer
Que não avisa quando chega e vai embora sem ter por que
Isso sim é coisa que não se faz. Bater na porta e me fazer olhar para trás
Atrás não há nada, tristeza. Nada que eu ainda queira ver
E se dizes que estou maluca, veja você que então isso pode ser
É coisa de momento, acredito que já podes partir
Quando converso contigo, sei que sentes pena de mim
Pena por eu mesma lhe chamar para perto, por querer-te aqui
Não, não me faças lembrar que isso faz parte
Principalmente da vida daqueles que escolhem existir."

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Matutelação!


Ah mas eu matuto e como matuto hein?! Cada minuto que fico sentada um uma cadeira nada confortável, em frente a um computador e sem muito o que fazer, eu penso tanto que se a vida fosse escrita na forma de história em quadrinhos, sairia fumacinha da minha cabeça. E que mal há em escrever aquilo que se pensa, já que o pensamento é tão presente?! Bem, eu não vejo nenhum...

"Não posso simplesmente deixar as palavras presas em mim quando a maior vontade é fazê-las fluir para um espaço um pouco maior que a minha mente.
Ou talvez o que há do lado de fora nem seja maior, pois o mundo é pequeno, é minúsculo diante dos pensamentos. Esses que são grandes o suficiente para sair do campo de visão natural do ser humano.
Os sonhos que constituem a mente de alguém vão além daquilo que costumamos chamar de vida. O que está por trás da vida é maior e quem sabe, melhor do que imaginamos.
Aprendo lentamente a expandir esses sonhos em algo real e que eles sejam ao menos parecidos com a primeira forma idealizada.
Eu que já idealizo demais, mais do que sou e gostaria de ser. Idealizo formas inexistentes, porém naturais para mim.
Em cada pessoa consigo enxergar uma alma e em algumas delas, essas almas já não sonham mais, não sintonizam-se. O corpo e o mundo do lado de fora são partículas desvalorizadas enfim, e a alma anda agora apenas em sintonia com a mente, sem o corpo para praticar a ação.
E de certa forma, isso é bom, pois conforta em mim a tristeza de não estar conseguindo trazer realidade aos meus sonhos…"

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A verdade

Um dia desses eu pensava sobre a verdade, provavelmente por estar trabalhando em um lugar onde verdade é algo desconhecido ou então, oculto. Envolve política e vamos combinar que política não está nem perto de ser sinônima da verdade! É engraçado pensar o quanto é necessário mudar de acordo com determinadas circunstâncias. Se sou sincera normalmente, estando lá dentro não posso ser, afinal ou eu escolho um lado, ou escolho todos e fico sem opinião alguma. Mais vale ser alguém sincero ou ser neutro e totalmente sem opinião? Me pergunto sobre isso...
 
"Em verdade, verdade digo que verdade mesmo não é aquela que se fala, mas a que se transmite em um gesto ou com um olhar.
Querendo fazer a verdade que se mente por ter em mente que a verdade que se quer é aquela que não pode existir.
Mas verdade mesmo tu não encontrarás dentro de mim, que é em ti que ela deve estar.
Se a tua mentira for verdadeira se tornará uma pequena verdade que pode se tornar uma verdade inteira.
A verdade que eu quero dizer é que eu não consigo entender porque tanta gente mentindo consegue ser mais entendido do que aqueles que a verdade insistem em dizer."

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um violão sem nenhuma canção

Arrepios sendo embalados pelo som do violão.
Um violão sem muitas histórias, que não passou por muitas mãos.
Mas entre meus dedos ele sabe pulsar, ao toque de uma nota musical.
Uma nota descordenada, escondida por entre sons figurantes de uma cena que inventei.
Aquele pássaro alçando voo se desencanta e opta por pernoitar mais um tempo, quando viu que a viagem seria muito lenta.
O abismo se rompeu em migalhas de ressentimento e insegurança.
O LÁ (A) do meu violão toca ao som do SOL (G) que inclusive, se escondeu.
O FÁ sustenido menor (F#m) puxa para um SI bemol (Bb) e o som desafina por entre os dedos cansados de tentar acertar.
O DÓ (C) se torna mesmo um DÓ, mas com dó de mim.
Desprezo esses erros melódicos e deixo o sono me levar, para um lugar que tenha algum sinal de verdade ao seu final.

Iniciando com um bom início!


Preciso começar do início, é o que dizem as pessoas. Mas penso, porém, que não preciso me apresentar, afinal a pessoa que sou se revelará através dos meus posts... Porém, (novamente) vou seguir, só dessa vez, as regras...

A Taís.
Pois às vezes não sei se sou a garota maluca que gosta de escrever poesias ou sou a séria que não gosta de “denguices”.
Às vezes não sei se salto ou se permaneço aqui parada no mesmo local de sempre.
Em outras vezes não sei se penso no meu futuro ou se fico a me concentrar apenas no presente.
Tem certas vezes que sigo andando a esmo olhando o nada sorrir para mim e dizer que sou uma tola em esperar que os meus sonhos se tornarão realidade um dia.
Assim como tem alguns momentos que me perco de tanta felicidade criando expectativas insuficientemente grandes e capazes de serem realizadas.
Não sei se paro de acreditar no ‘para sempre’ e me desencanto do sonho do príncipe encantado.
Ou então, eu não desencante totalmente mas apenas faça ser príncipe quem estiver comigo no determinado momento.
Veja bem garota, enfim tu descobriste que final feliz não existe e que príncipe encantado não chega de cavalo branco na frente de sua casa.
Veja que tu descobriste que tuas opiniões nem sempre serão relevantes a todos e que suas vontades e gostos não satisfarão quaisquer pessoas.
Eu caminho agora a pensar se devo manter-me essa criatura de coração mole e de atos sutis escondendo um monstro que se revela a quem merece. 
Ou se devo parecer um monstro por fora para quem me conhecer realmente possa encontrar e conquistar um coração maduro e experiente fechado para balanços infantis e sem consistência.
Não sou constante e isso dói em quem me descobre e não a mim, pois posso não corresponder àquilo que esperam.
Ou se realmente for conquistada posso ser mais, muito mais do que represento ser, pois novas descobertas caberão inclusive a mim e então saberei que rumo tomar e se realmente tomarei algum.