quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conversando com a tristeza


Isso não vem de hoje, nem tampouco de ontem. Foi escrito em um dia de poucas horas do bem e que lentamente vem para relembrar o que eu sentia.

"Prazer em rever-te tristeza, em sentir-te novamente em mim
Obrigada por ser assim, partir para depois voltar
Há tempos que andavas assim, meio que fazendo o que queria e sentindo o que não podia
Hoje ando desalmada, olhando ao lado fingindo não ver
Sabe, tristeza hoje eu estou mais tranqüila, a sua falta foi superada
A sua ausência extremamente sentida, aquele apego que tinha a ti, percebo que aqui ainda está
Meu peito te falas o que tu não queres escutar
Peço-te enfim que fique para conversar
Que fales ao invés de calar e que se sente sem pressa de levantar
Não, não me perguntes o que eu tenho e o que me traz tanta dor
Não anseies aquilo que eu já anseio
Essa dor cabe apenas a mim
Estás assustada? Por quê? Isto é apenas um desabafo querida
Não é que eu seja sempre assim, não é que isso seja algo presente em mim
Presente em mim é você, que nem sei de onde vem e o que vai fazer
Que não avisa quando chega e vai embora sem ter por que
Isso sim é coisa que não se faz. Bater na porta e me fazer olhar para trás
Atrás não há nada, tristeza. Nada que eu ainda queira ver
E se dizes que estou maluca, veja você que então isso pode ser
É coisa de momento, acredito que já podes partir
Quando converso contigo, sei que sentes pena de mim
Pena por eu mesma lhe chamar para perto, por querer-te aqui
Não, não me faças lembrar que isso faz parte
Principalmente da vida daqueles que escolhem existir."

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