Arrepios sendo embalados pelo som do violão.
Um violão sem muitas histórias, que não passou por muitas mãos.
Mas entre meus dedos ele sabe pulsar, ao toque de uma nota musical.
Uma nota descordenada, escondida por entre sons figurantes de uma cena que inventei.
Aquele pássaro alçando voo se desencanta e opta por pernoitar mais um tempo, quando viu que a viagem seria muito lenta.
O abismo se rompeu em migalhas de ressentimento e insegurança.
O LÁ (A) do meu violão toca ao som do SOL (G) que inclusive, se escondeu.
O FÁ sustenido menor (F#m) puxa para um SI bemol (Bb) e o som desafina por entre os dedos cansados de tentar acertar.
O DÓ (C) se torna mesmo um DÓ, mas com dó de mim.
Desprezo esses erros melódicos e deixo o sono me levar, para um lugar que tenha algum sinal de verdade ao seu final.
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